Muitos jargões surgem em reuniões de negócios, especialmente quando o assunto é tecnologia, e pode ser difícil: a) acompanhar e b) entender as diferenças. Se você se sente um pouco desconfortável por precisar recorrer ao Google para descobrir o significado de certos termos, saiba que o problema não está em você.
Os termos tecnológicos são relativamente novos e seu significado tende a evoluir ou se refinar com o tempo. Portanto, pesquisar por conta própria ou pedir para que seus colegas definam como usam certos termos são práticas fundamentais para garantir uma comunicação clara entre os lados de negócios e tecnologia em qualquer empresa.
Neste post, vamos explorar três termos comuns relacionados à infraestrutura de comércio digital:
- Comércio Monolítico
- Comércio Headless
- Comércio Composable
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O que é Arquitetura Monolítica?
Uma arquitetura monolítica tradicional basicamente agrupa todas as partes de uma aplicação em uma única grande rede computacional. No mundo atual, centrado em nuvem e plataformas como serviço (PaaS), essa abordagem pode soar um pouco ultrapassada. Em sua defesa, a arquitetura monolítica não é um artefato completamente obsoleto; ainda oferece uma solução prática que continua funcionando para muitas empresas, com diversas opções “prontas para uso” disponíveis.
O termo “monolítico” vem do grego antigo μονόλιθος (monólithos), de μόνος (mónos) que significa “um” ou “único” e λίθος (líthos) que significa “pedra”. Embora estejamos confiantes de que nem o profissional de TI mais resistente à mudança está rodando seu site em algo feito de pedra, a analogia é útil para ilustrar os conceitos que sustentam a arquitetura monolítica na tecnologia.
A principal dificuldade para quem opera com um sistema monolítico é a falta de adaptabilidade. Fazer alterações em um sistema monolítico é tão complicado quanto tentar pegar algo no fundo de uma mala grande sem bagunçar as roupas dobradas. Atualizar ou até mesmo manter um sistema monolítico pode gerar grande pressão sobre a equipe, que precisa lidar constantemente com código legado para mantê-lo funcionando.
O que é Headless Commerce?
A arquitetura de comércio headless (headless commerce) é projetada de forma que a lógica do back-end ou lado do servidor seja desacoplada da interface do usuário no front-end. Nessa abordagem, o sistema de back-end conecta-se à interface do usuário por meio de APIs, geralmente RESTful APIs. Essas APIs expõem dados de maneira padronizada, permitindo que sejam utilizados por diferentes clientes e para diversos casos de uso empresarial. Embora sistemas monolíticos também utilizem APIs, estas, por outro lado, são projetadas para serem fortemente acopladas ao back-end do sistema, atendendo a casos de uso empresarial muito específicos.
Quais são as vantagens das arquiteturas headless? Ao desenvolver uma interface de front-end com arquitetura headless, os desenvolvedores têm mais liberdade para criar experiências personalizadas para os usuários sem precisar se preocupar com as complexidades do back-end. Além disso, sistemas de back-end headless podem ser utilizados simultaneamente por diversas aplicações cliente. Por exemplo, um site, um aplicativo móvel, um quiosque e um chatbot podem compartilhar o mesmo sistema subjacente sem causar conflitos entre si. Essa abordagem oferece maior flexibilidade à medida que o cenário tecnológico do varejo continua a evoluir. Também garante melhor visibilidade e conexão entre as fontes de dados, ajudando os varejistas a oferecer uma experiência omnichannel integrada para clientes atuais e potenciais.
O que é Composable Commerce?
A arquitetura de comércio composable (composable commerce) enfatiza o uso de componentes intercambiáveis e independentes, conhecidos como microservices. Esses serviços abrangem desde o gerenciamento de inventário e buscas por produtos até carrinhos de compras e provedores de pagamento. Ao dividir uma solução em serviços distintos e autônomos, as empresas podem substituir ou ajustar um serviço com facilidade, sem comprometer o restante do sistema.
Essa modularidade proporciona uma enorme flexibilidade, permitindo que uma empresa se adapte mais rapidamente a novas tecnologias do que seus concorrentes com sistemas monolíticos. Assim como no comércio headless, esses módulos geralmente são conectados por meio de RESTful APIs, que expõem dados de um microserviço para outro.
“Em tempos turbulentos, os princípios do negócio composable ajudam as organizações a dominarem mudanças aceleradas, essenciais para resiliência e crescimento. Sem isso, as empresas modernas correm o risco de perder momentum no mercado e a lealdade dos clientes.”
David Groombridge, vice-presidente de pesquisa, Gartner
No entanto, essa alta flexibilidade traz algumas considerações adicionais para a equipe. Diferente das soluções monolíticas “prontas para uso”, um site de comércio composable é sob medida e exige que desenvolvedores o construam. Gerenciar múltiplos microserviços e APIs também pode ser desafiador, sendo necessário implementar uma abordagem abrangente para conectá-los e monitorá-los. Além disso, é fundamental manter essa estrutura atualizada a cada mudança no sistema.
Comércio Composable vs Headless
Quando o assunto é composable commerce e headless commerce, não se trata de uma disputa direta, pois ambos possuem uma grande sobreposição, já que dependem de RESTful APIs para conectar as diferentes partes de seus respectivos sistemas.
Headless commerce é sempre composable?
Isso depende de como as APIs e os serviços são projetados. Se um site foi construído com a separação entre o back-end e o front-end, mas as APIs são feitas para funcionar exclusivamente com o back-end daquele sistema, ele pode ser considerado headless, mas não composable.
Composable commerce é sempre headless?
Tecnicamente, não. Não há um requisito obrigatório para que uma arquitetura composable possua uma interface de front-end. No entanto, na prática, composable commerce frequentemente utiliza um front-end headless devido à modularidade que ele oferece, essencial para dar suporte a uma arquitetura composable.
Por que uma empresa de integração como a Digibee está escrevendo sobre isso?
As conversas sobre inovação para empresas de comércio digital precisam abordar a arquitetura tecnológica como um todo, mas também devem detalhar como cada parte desse sistema se conecta para atender às necessidades do negócio.
Com tanto dado valioso sendo gerado, qualquer abordagem adotada para sua arquitetura de sistema deve capturar essas informações de maneira que agregue valor ao negócio. E é exatamente aqui que a integração no e-commerce entra em cena.
A Digibee foi projetada para oferecer suporte completo a diversas abordagens de arquitetura tecnológica. Seja você uma empresa com um sistema de composable commerce totalmente implementado ou apenas iniciando a transição de um e-commerce monolítico, podemos ajudar. Nosso iPaaS low-code escala rapidamente e integra todos os seus serviços independentes com facilidade, graças às cápsulas reutilizáveis da Digibee, proporcionando total flexibilidade para maximizar o valor dos dados do seu sistema.
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